sexta-feira, 11 de maio de 2018

Deu Vontade!


O amor não é pobre
O amor não é nobre
O amor é burguês!

O amor vem do ócio
O amor não é sócio
Mas, se faz freguês

(...)

Não sei porque escrevi isso!
Minhas mãos queriam trabalhar
Meu coração queria cantar
Sinto tanta falta de escrever...

A contradição nesses versos...

Há contradição em mim!

Não espero que faça sentido
Mas, se fizer, me procure!

Sinto, às vezes, que estou tão perdido...
Algo em mim quer que isso dure!

Quero descanso!
Mas, a cabeça que não pára
Manda mais um verso
E a alma dispara!

As musas cochicham
As mãos, nervosas, digitam
E nesse frenesi
(Que nada tem de mecânico)

O meu diabo chega ri
Tudo parece orgânico
Surge um verso satânico
Sobre como o mundo poderia...

Mas, ninguém pode nada!

A vida se vê parada
E o espelho em sua sabedoria
Diz que é só mais um dia

Tudo passa!

Essa brisa fria me abraça...
Não! Não é a morte!
É só o tempo chuvoso
Hoje me acho dengoso
No teu colo me sentia mais forte

Devo aprender a andar sozinho
E se na vida não há rodas
Inventá-las seria pretensioso?

Mesmo sem asas, ponho a cabeça fora do ninho
Me arrasto até a porta, e o dia ainda parece chuvoso

Não sinto falta do sol
Pra falar a verdade
Os meus lençóis me aquecem

Me perco à beira do arrebol
(Ou seria aurora?)
Nem sei onde estou agora
Essa cidade se parece com todas

Mesmo que eu nunca tenha conhecido nenhuma

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